Que time formar para ser protagonista na Economia Digital? #Inside Out
Empresas vêm descobrindo que habilidades e mindset serão necessários para o trabalho no futuro. Confira os principais insights do Inside Out: Profissões do futuro, Estruturas Ágeis e Transição Digital.
No dia 28 de agosto, aconteceu, no Cubo, o evento Inside Out: Profissões do futuro, Estruturas Ágeis e Transição Digital.
O evento foi uma parceria entre a Tera e o WeWork, convidando profissionais da área de Talentos e Pessoas de empresas como Itau, Natura, Quinto Andar, Bayer, Ambev, Cielo, Mercado Livre, entre muitas outras.
Cada uma dessas empresas vive um momento diferente na jornada de digitalização de processos e preparação de seus times para lidar com as mudanças constantes da Economia Digital.
Apesar dos diferentes momentos, ficou clara a convergência de desafios já sentidos pelos profissionais que tentam atrair, reter e desenvolver times ágeis — buscando pessoas com iniciativa, responsabilidade e preparados para se adaptar a todo momento.
Trouxemos aqui duas lições que marcaram as mesas de conversa e geraram reflexões profundas sobre como serão as novas relações de trabalho:
Squads: é preciso ser ágil em meio à complexidade
“Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes” - Klaus Schwab
Estamos vivendo uma grande transição na maneira como nos relacionamos com o trabalho, em direção a um futuro em que humanos e máquinas estabelecerão novos tipos de parceria. O modelo hierárquico em que as decisões são tomadas de cima para baixo se descola da realidade do mundo a cada dia.
Empresas inspiradoras contratam pessoas inspiradoras. Pessoas inspiradoras buscam empresas inspiradoras. A grande mágica das scale-ups de sucesso acontece quando todos se encontram e o resultado é o tão esperado crescimento exponencial. Crescer envolve contratar pessoas e formar equipes coesas, preparadas e comprometidas com os resultados.
Uma boa maneira de espiar como será o futuro das organizações é olhar como empresas nativas digitais se organizam, quais competências seus profissionais possuem e como elas tomam decisões.
A natureza do mundo digital é a mudança contínua, onde um produto chega ao mercado sem valer nada e vai ganhando valor conforme um time criativo e multidisciplinar compreende o que precisa fazer para resolver os problemas que identificam. As organizações mais bem sucedidas do nosso tempo entendem claramente o papel de cada profissional neste novo modelo de produção e distribuição de valor.
Em geral, esse novo tipo de organização está relacionado ao conceito de squads.
O relatório The Business Value of Design, publicado pela McKinsey, mostra em uma série de dados como isso se dá na prática — mostrando que empresas que colocam o design no centro do negócio faturam duas vezes mais.
Mas chegar nesse lugar não é uma tarefa simples. Daniel Peralles contou um pouco da sua experiência na Sage: o principal desafio na modernização dos produtos está justamente no processo de dar vazão às competências digitais do time dentro e fora de casa, gerando valor e comunicando esse valor para alavancar a transição digital. Depois de entender as competências necessárias no time e encontrar as pessoas que possuem essas competências, é preciso ter um plano de como alinhar as ideias e criar rituais de gestão que mantenham esses profissionais motivados.
No ebook Times Digitais de Alta Performance, trazemos um panorama de como perseguir o aumento de valor para o negócio a partir da formação e gestão de times digitais.
É mais difícil inovar sem diversidade
“A gente se conforta na homogeneidade, mas a gente aprende é na diversidade” — Grazi Mendes
Trabalho é sobre conforto ou aprendizado?
A Grazi Mendes compartilhou sua experiência na Thoughtworks com programas de inclusão e diversidade, trazendo uma importante visão sobre as habilidades e perfis que vão além de competências técnicas para gerar valor ao negócio.
Criar processos seletivos mais justos e inclusivos é um exercício constante e permanente de empatia — e é somente através dessa projeção que conseguimos criar valor, entendendo valor como o que é importante e faz sentido não apenas sob a ótica financeira. Diferentes backgrounds e visões de mundo alavancam a capacidade de entender usuários e inovar.
Mas o trabalho de endereçar um aumento de diversidade não pára na contratação: opressões sistêmicas como racismo e machismo, que se dão em várias camadas da sociedade, dificultam não apenas o acesso das pessoas às oportunidades mas também seu desenvolvimento profissional.
“Precisamos reconhecer que boa parte do que se fala sobre diversidade, hoje, se mantém em uma camada estética, não é inclusão real, somos carentes de lideranças e mindsets realmente inclusivos.” — Grazi Mendes
Na ThoughtWorks Brasil, eleita como a grande empresa mais amada pelos seus colaboradores, ações de diversidade se organizam em várias iniciativas, como o grupo de discussão sobre justiça de gênero, a campanha Todas as Mulheres na Tecnologia, o programa Enegrecer a Tecnologia, treinamentos internos e programas de desenvolvimento de liderança.
Para ajudar mais empresas e pessoas a entender como lidar com os vários aspectos da diversidade no trabalho e reforçar um mindset inclusivo, a ThoughtWorks disponibilizou um material bem simples, informativo e direto: a Cartilha de Diversidade.
Este foi apenas o primeiro de uma série de eventos que nascem de uma parceria entre a Tera e o WeWork para juntar profissionais de várias áreas do mercado e discutir maneiras de evoluir nossa maneira de trabalhar e interagir dentro das empresas.
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