Thomas Ruel conta como a prática de networking e de reskilling o ajudaram a migrar do audiovisual para UX Design.
Estamos vivendo uma grande mudança na forma como nos relacionamos com o trabalho. Enquanto, de um lado, algumas profissões estão perdendo espaço, de outro, milhões de novas oportunidades vêm surgindo na tecnologia - e encontrando um déficit de profissionais qualificados para ocupá-las.
Essa carência se dá pela falta de habilidades técnicas e comportamentais que o mundo digital requer, e demandam um movimento chamado, reskilling, que pode ser conceituado como a prática de requalificação profissional, aplicada principalmente em situações de migração de carreira.
O networking também é peça-chave nesse processo, pois trata-se de uma das ferramentas mais ativadas para profissionais que querem fazer uma transição de carreira. Estar próximo de pessoas estratégicas e cultivar essa rede é importante para obter informações relevantes sobre a sua área e ganhar visibilidade dentro desse mercado.
Essas duas ferramentas impulsionaram a carreira de Thomas Ruel, e nesse texto, ele conta como elas o ajudaram a conquistar seu primeiro emprego em UX Design.
"Meu nome é Thomas, tenho 23 anos, moro na zona norte de São Paulo com a minha namorada. Nós temos quatro bichinhos (sou apaixonado por animais) e sou muito caseiro. Me considero um cara meio nerd: adoro jogos, tecnologia e animes.
Comecei minha carreira na área de Produção Audiovisual, mas no meio do percurso, entendi que trabalhar com Tecnologia era algo que me faria muito mais feliz. Hoje faço faculdade de Sistemas para Internet (Tecnologia da Informação), sou estagiário de UX Design na Afya, uma empresa de tecnologia para educação médica, e meu sonho dentro dessa área é trabalhar com Jogos, minha grande paixão.
A minha carreira teve início no Audiovisual, fiz um curso técnico em Produção de Áudio e Vídeo e comecei a trabalhar nessa área. Com o passar do tempo, comecei a entender melhor esse mercado e enxergar que não havia perspectiva do crescimento e estabilidade que eu desejava para minha vida dentro dela, e comecei a pensar em novas possibilidades de carreira.
Antes de finalizar meu curso técnico, conheci a minha namorada, que era UX designer, e ela me apresentou essa profissão. Como a área de tecnologia sempre me chamou a atenção, fiquei muito interessado em conhecer mais. Comecei a estudar temas relacionados à UX por conta própria nas minhas horas vagas, li muita coisa, fiz cursos livres, fui me requalificando da forma que pude, e assim comecei a pensar em migrar de área. Interrompi o curso de Audiovisual e cheguei até a iniciar uma graduação em Design Gráfico para ter noção dos conceitos básicos.
Além de tentar me requalificar profissionalmente através de cursos, usei muito o LinkedIn nesse período, e o networking que consegui construir através de conexões com pessoas estratégicas na rede foi decisivo no meu processo de transição também. Foi assim, ouvindo muita gente falar pelo LinkedIn, que conheci o curso de UX Design da Tera.
Nesse momento, tudo mudou e eu resolvi trancar a graduação em Design Gráfico e entrar no curso pra valer. Costumo dizer que foi um “salto de fé” mesmo, porque meu contrato de estágio tinha terminado e eu estava desempregado, então pulei de cabeça no curso e aí, sim, comecei a estudar de verdade e me dedicar integralmente à minha transição.
No curso, conheci profundamente os conceitos de UX e conheci de perto muitas pessoas interessantes para a minha carreira, inclusive a minha mentora, que foi a pessoa responsável pela melhor oportunidade que já tive: o estágio que faço hoje na Afya.
Graças a ela, hoje estou trabalhando numa empresa que está em constante crescimento, e poder participar desse avanço está enriquecendo minha visão sobre Design e Produto. A experiência é nova, não tenho tanta bagagem, mas está sendo enriquecedor para mim, enquanto profissional, criar um sistema de design que ajude as pessoas e desenvolver minha carreira sendo acompanhado por profissionais tão qualificados.
Durante a graduação em Design Gráfico, tive a oportunidade de fazer um estágio em UX Design. Era a minha primeira chance na área, e eu estava animado, fui com muito gás para esse novo desafio, mas para minha surpresa, a experiência foi muito ruim para mim. A empresa em questão tinha valores que não condiziam com a minha ética e uma cultura em que não conseguia me encaixar, então eu logo saí desse emprego.
Nesse momento, desanimei, fiquei em dúvida sobre se tinha realmente tomado a decisão certa e feito a melhor escolha para minha carreira. Comecei a duvidar da minha capacidade, questionar se realmente a área de UX era tão promissora como todos falavam ou se eu realmente tinha jeito para isso. Ficar desempregado gera muita insegurança, então quando deu errado logo na primeira oportunidade, cheguei a ficar desesperado. Então, quando conheci a Tera, foi como uma luz naquele momento, e por isso resolvi agarrar a oportunidade e pular de cabeça. E deu certo!
Nunca fui uma pessoa idealista em relação ao trabalho, de fazer as coisas puramente por amor. Meu objetivo maior sempre foi ter conforto, poder dar conforto pra minha família e ter uma vida financeiramente estável. Porém, quando nos encontramos profissionalmente, tudo muda.
A área de UX Design tem despertado em mim uma paixão que eu não conhecia e não sabia que poderia ter pelo trabalho. E é muito gratificante poder ter, ao mesmo tempo, paixão e a certeza da estabilidade que tanto sonhei e que sei que vou ter nessa profissão.
UX Design me deu a possibilidade de sonhar em trabalhar na área que engloba uma paixão que tenho: Jogos. Eu sou apaixonado por games, sigo a indústria de jogos desde quando era criança, e hoje vejo que a área de UX é tão abrangente, posso escolher caminhos tão diferentes, inclusive esse.
UX Design é uma área que seu esforço em aprender costuma ser muito valorizado, e se você tiver foco, ela te dará muitas oportunidades. É importante se qualificar, estudar, manter sua rede de networking sempre ativa e se jogar nas vagas - tem muita oportunidade aparecendo, e as pessoas têm conseguido mudar a realidade delas. Meu conselho é: pode ter confiança, cair de cabeça, mas sempre com os pés no chão, porque as dificuldades existem.
No meu caso, foram 2 anos de processo para completar minha transição de carreira e ingressar na área, mas se você usar as ferramentas disponíveis, é uma área que pode mudar sua vida, como mudou a minha.
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