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Lean UX: como funciona a agilidade nas entregas do time de experiência

Escrito por Gabriel Pera | 24 Aug

Vamos te contar sobre a abordagem Lean UX e sua aplicação em times de UX por meio de metodologias ágeis, seu funcionamento e aplicação.

Foto de Monstera no Pexels

Falar de métodos ágeis é cada vez mais comum no contexto das empresas digitais. Os chamados ‘times ágeis’ garantem as entregas por meio de processos inovadores e atualizados para o momento atual do mercado.

Entre as metodologias mais conhecidas, Lean UX é uma das que chamam atenção por atender especialmente o campo de user experience, tornando a criação de produtos e experiências algo mais fluido dentro das empresas.

Quer entender mais sobre esse conceito? Continue a leitura e confira.

O que é a metodologia Lean UX?

A metodologia Lean UX, também conhecida como UX Enxuta, é uma abordagem que permite desenvolver produtos e experiências por meio de um processo de documentação menos extenso, com comunicações transparentes entre os times participantes da construção diária do produto. 

Essa abordagem possui a mentalidade de metodologia ágil, onde busca-se errar o mais rápido possível para conseguir reunir aprendizados e entregar o MVP (Mínimo Produto Viável). O método nasceu em 2012, quando Jeff Gothelf e Josh Seiden compartilharam a publicação do livro  “Lean UX” com o mundo. 

O foco aqui é menor nos entregáveis e bem maior na experiência que queremos construir, proporcionar, desenvolver. Essa abordagem aproxima ainda mais os times de desenvolvimento, design e programação e, como o trabalho colaborativo é uma premissa, pode aproximar demais times envolvidos na experiência.

Como surgiu o conceito de Lean UX?

Antes de falarmos sobre a implementação do Lean UX, vamos dar um passo atrás para compreender o processo de desenvolvimento de software no passado. 

Empresas possuíam modelos de trabalho processuais, com a distribuição física do que era projetado. E os recursos para produção deste artefato físico gerava alto gasto, por serem caros. A ansiedade em “acertar” rapidamente estava presente em todo processo de construção.

Lançava-se algo  para aguardar uso e assim, após um ano, obter feedbacks de pessoas usuárias e clientes sobre o que foi levado ao mercado. Testes também envolviam processos longos, com usuárias e clientes indo presencialmente às empresas, e prazos cada vez menores de entrega. 

Chega então a metodologia Agile Development. Os métodos ágeis propõem uma dinâmica transparente e de maior velocidade em processos para o desenvolvimento de software em um manifesto que pode ser lido em diversos idiomas no site da Organização Agile Movement.

No entanto, a discussão continuou já que o manifesto ágil não englobou por completo necessidades de pessoas que desenvolvem experiências de usuários, ou seja, profissionais de UX Design e áreas correlatas.

Com isso, o conceito de Lean UX trouxe novas ideias para somar, como uso de times multidisciplinares enxutos e com mais autonomia, priorização de pequenas entregas, além de mais liberdade para ter novas ideias, desde que testes sejam feitos com rapidez. 

Quais são as formas de aplicar no time de UX?

Se interessou pelo conceito de Lean UX e quer levar essa metodologia para o seu time ou sua empresa? Confira algumas formas de aplicar.

Um time multidisciplinar

Assim, desenvolvemos uma experiência que passou por mãos de diversas áreas e pessoas com diversas habilidades que desenvolvem o produto, como Marketing, UX Design, Produto, Desenvolvimento e etc.

O envolvimento destes times deve ser contínuo e transparente do início ao fim do projeto. Criar um time diverso vai evitar retrabalho e processo de decisão por cascatas.

 

Nada de timão

As equipes não podem ser grandes, pois isso pode influenciar o processo. Podemos considerar que um time grande, possui entre 8-10 pessoas, dedicadas em um único projeto.  

Não ter um time grande pode garantir eficiência na comunicação, entendimento rápido de etapas e papéis dentro do projeto e facilidade no processo de atualização sobre o projeto, com pessoas focadas na mesma prioridade.

Autonomia

As equipes devem ter autonomia para produzir. E isso inclui que este time possua ferramentas e infraestrutura necessários e úteis para o cotidiano. O processo de autonomia também inclui a decisão sobre o formato de solução do problema. 

A equipe consegue caminhar junta para resolver o problema correto, sem depender de uma quantidade grande de documentos estruturados e planilhas. O processo de autonomia também gera maior permissão para falhar, facilitando assim o processo de experimento.

Escolher o que atacar

É importante que o time se sinta seguro o suficiente frente ao problema que será solucionado e compreenda o que quer atacar primeiro. Isso porque os problemas solucionados serão atacados um por vez. O objetivo principal não é criar a entrega, e sim o resultado, como afirmam Jeff Gothelf e Josh Seiden, em Lean UX.

Lote pequeno

Diminua o percurso de entrega, criando artefatos e design que sejam necessários para avançar no processo. O foco passa a ser então no aprendizado.Em outras palavras, o design no Agile UX deve mover a equipe sempre para frente, diminuindo a quantidade de ideias incríveis porém não testadas. 

Sempre em descoberta

O aprendizado deverá ser constante. A Revista Entrepreneur, trás um artigo com dicas para aprender mais rápido. E este processo de descoberta e aprendizado se aplicado a encontros frequentes com seu cliente, podem garantir um processo enxuto e eficiente. 

GOOB 

O termo parece estranho se visto pela primeira vez. Surgiu com o professor e empresário, Stanford Steve Blank e significa “Sair do prédio”. 

Segundo ele, as melhores soluções não serão desenvolvidas por meio de reuniões longas e diversos encontros, mas indo em direção à cliente e usuária. Indo em direção ao mercado e ao problema para encontrar respostas. 

Externalizar o trabalho

Aproveite que sua ideia é um bebê e coloque para engatinhar. Quanto mais cedo sua ideia for externalizada, mais rápido será colocado em meio à feedbacks para que você possa aprender, absorver e evoluir seu planejamento. 

Você também pode utilizar recursos como anotações e lousas para isso, e agora em modalidade remota, consegue utilizar diversas ferramentas digitais que trouxeram os materiais do escritório para dentro do computador. O Lean UX Canvas pode ser uma ótima ferramenta de trabalho e tornar o processo de comunicação em equipe intuitivo.

 “As ferramentas ágeis para equipes remotas são o que toda líder que gerencia pessoas busca nesse momento. E a boa notícia é que há muitas opções disponíveis hoje no mercado”, como podemos ler no artigo da MJV Innovation. 

Usar MVP e MLP

O Mínimo Produto Viável, ou MPV, sigla para ( minimum viable product) espera chegar cada vez mais próximo do resultado esperado. Os métodos de mínimo produto viável já estão presentes em diversas empresas. O MPV utiliza recursos mínimos para validar uma ideia. 

Porém, logo passou por uma evolução, pensando mais em geração de receita após o desenvolvimento da ideia e foco no consumidor. Com o MLP, é possível avaliar de forma inovadora, pontos de feedback do cliente, e entender como a ideia pode se inserir no mercado que planeja atacar. E como percebemos no começo da conversa, errar rápido, e aprender o quanto antes. 

Fazer testes rápidos

Colocar sua ideia nas mãos da cliente e usuária o quanto antes, pois assim, aprenderá rápido. Isso te ajudará a descobrir se sua ideia irá acertar o alvo correto, e te impedirá de gastar recursos e tempo em um produto que não será utilizado ou que poderá estar ultrapassado ao ser lançado tarde demais. 

Recolher feedbacks

Aqui na Tera, sempre compartilhamos a mensagem de que feedbacks são presentes, e que podemos guardá-los para utilizar continuamente.  E, durante o processo, você obterá estes feedbacks por meio de comunicação com sua equipe e clientes, por meio de pesquisas, onde conseguirá ter feedbacks qualitativos e quantitativos. A coleta de feedbacks por meio de pesquisas, faz parte da etapa final do processo de Lean UX.  

Você estará recebendo e compartilhando feedbacks o tempo todo durante o projeto, por meio de anotações, explanações de ideia e documentação do processo.

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Esperamos que este conteúdo tenha ajudado você a ampliar sua visão sobre o que é Lean UX e como um processo enxuto pode ser promissor no contexto atual de times de design. 

Quer se aprofundar em metodologias ágeis? Então faça o download do nosso e-book gratuitoNovas abordagens na economia digital”.