O que matou o InVision? (E o que o Figma ensinou para o mundo dos produtos)

Como o Figma superou o InVision? Aprendizados valiosos para PMs sobre inovação, timing e escuta ativa no desenvolvimento de produtos.

Em 2017, o Figma era quase irrelevante. Com apenas 7% de participação de mercado, era difícil imaginar que, poucos anos depois, ele se tornaria a principal ferramenta de design do mundo. Na época, o domínio era do InVision, com 60% de mercado e presença quase absoluta nas equipes de UX.

Lembro bem: naquele ano, lançamos nosso primeiro curso de UX Design na Tera, e a ferramenta que ensinávamos era o InVision — não o Figma.

Hoje, o cenário é completamente diferente. O Figma está prestes a abrir capital, enquanto o InVision, que chegou a ser avaliado em mais de US$ 2 bilhões, encerrou suas operações discretamente no fim de 2023. Tão discretamente que quase ninguém notou.

O que explica essa virada? Mais do que uma disputa entre produtos, foi uma diferença radical na forma de encarar o jogo.

O Figma não quis melhorar o fluxo existente. Quis reinventar.

1746885016231-1 Gráfico do UXTool sobre o uso da ferramenta de prototipagem ao longo do tempo.

Enquanto o InVision apostava em melhorar o que já existia — protótipos estáticos, links compartilháveis, handoff para devs — o Figma decidiu começar do zero. Apostou em uma proposta que, em 2017, parecia ousada demais:

  • 100% web

  • Colaboração em tempo real

  • Design, prototipação e feedback em um só lugar

Não era apenas uma ferramenta. Era uma nova forma de trabalhar.

E, ao contrário do InVision, que despejava milhões em marketing, o Figma apostou em crescimento de produto. E foi aí que tudo mudou.

5 aprendizados de produto que o caso Figma vs. InVision deixa para qualquer PM:

  1. Timing importa. Execução, mais ainda.
    Ser o primeiro no mercado não garante nada se você para de evoluir. O InVision ficou parado no tempo. O Figma ouvia, testava e lançava.

  2. Ferramentas isoladas perdem força.
    O Figma virou uma plataforma. Criou um ecossistema onde plugins, templates e integrações expandem o valor do produto.

  3. Produto é canal de aquisição.
    Com um modelo freemium e uma experiência fluida, o Figma transformou cada designer em um canal de distribuição. O produto virou o marketing.

  4. Crescimento sustentável começa ouvindo.
    O Figma entregava o que os usuários pediam. Já o InVision levou 5 anos para lançar... pastas.

  5. Inovação é mais do que features.
    A diferença está em enxergar o que ninguém está olhando, e ter coragem de executar.

Liderar em Produto exige mais do que tecnologia

O que aconteceu com o InVision pode acontecer com qualquer líder que para de ouvir, iterar e ousar. Em Produto, vencer o presente não significa dominar o futuro.

Na Tera, seguimos formando pessoas para liderar essa nova geração de produtos. Porque, no fim das contas, não se trata apenas de tecnologia — mas de visão, execução e proximidade com o que realmente importa: o usuário.

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