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Product Owner Salário: quanto ganha? Qual a média? [2025]

Escrito por Redação Tera | 9 Jul

Se você está olhando com seriedade para a carreira de Product Owner, é natural que uma das primeiras perguntas seja: vale a pena financeiramente?

A resposta não é simples, porque o título Product Owner pode significar coisas bem diferentes dependendo da empresa, do setor e da maturidade digital do time. Enquanto algumas vagas oferecem salários iniciais modestos, outras pagam acima de R$ 20 mil por mês. O que explica essa diferença?

Aqui você vai encontrar:

O que faz um Product Owner?

O Product Owner (ou PO) é o profissional responsável por conectar as necessidades do negócio com a entrega de valor em produtos digitais. Atua organizando prioridades, tomando decisões junto ao time de tecnologia e garantindo que o que está sendo construído realmente faz sentido para o usuário e para a empresa.

É uma das funções mais comuns (e também mais confusas) em times ágeis no Brasil. Muitas pessoas começam por ela ao migrar para a área de produto.

Mas, afinal, quanto ganha um PO em 2025? E o que define essa remuneração?

Qual é o Salário de um Product Owner em 2025?

Falar de salário é importante, especialmente para quem está considerando uma transição de carreira ou escolhendo a sua primeira trilha no mundo digital. Mas tão importante quanto saber os números, é entender o que influencia esses números.

Afinal, o papel de Product Owner não é padronizado no Brasil. E isso impacta diretamente a remuneração. Vamos aos fatos.

Faixa salarial média para Product Owners no Brasil (2025)

Com base em dados de plataformas como Glassdoor, Revelo, Vagas.com e em experiências compartilhadas por profissionais da comunidade Tera, as faixas de salário para Product Owners em 2025 no Brasil tendem a seguir esse padrão:

Nível Faixa Salarial Bruta (mensal)
Júnior R$ 4.500 – R$ 7.000
Pleno R$ 7.000 – R$ 12.000
Sênior R$ 12.000 – R$ 18.000+

Em empresas internacionais ou com operação global, é comum que o salário de um PO sênior ultrapasse os R$ 20 mil, especialmente em ambientes que valorizam fluência em inglês e experiência com produtos digitais complexos.

Diferenças por localização e modelo de trabalho

São Paulo e Rio de Janeiro ainda concentram as melhores faixas salariais, tanto pela maturidade digital das empresas quanto pelo volume de startups e scale-ups. Mas o cenário remoto mudou o jogo.

Hoje, é possível:

  • Trabalhar de qualquer lugar do Brasil para empresas baseadas em SP e ganhar salários acima da média regional;
  • Trabalhar para empresas estrangeiras (principalmente EUA, Europa, Canadá) recebendo em dólar ou euro, mesmo atuando como PO.

Esse modelo híbrido aumentou a concorrência, mas também elevou a régua salarial para profissionais mais preparados.

O que pode puxar os salários para baixo?

Muita gente estranha ao ver que algumas vagas para “Product Owner” oferecem salários de R$ 3.500 a R$ 5.000. Isso acontece por alguns motivos:

  • Empresas que confundem PO com analista de requisitos ou coordenador de projetos;
  • Falta de clareza no escopo do cargo (e ausência de cultura de produto);
  • Candidatos sem bagagem técnica ou de produto aceitando valores abaixo do mercado por falta de referência.

“Meu primeiro salário como PO foi R$ 4.800 numa empresa que ainda estava começando a entender o que era ‘produto’. Em seis meses, troquei de empresa e fui para R$ 9.000. O salto veio quando eu entendi meu valor e aprendi a me posicionar melhor.”

(Relato de um aluno da Tera, hoje PM em uma healthtech)

O mais importante: contexto + progressão

O número absoluto importa, claro. Mas para quem está começando, o mais relevante é o seguinte: a carreira de PO oferece um caminho de crescimento sólido, com potencial real de aumento salarial em menos de 2 anos, desde que você construa as competências certas.

Na próxima seção, vamos ver o que exatamente influencia esse crescimento.

Fatores que Influenciam o Salário de um Product Owner

Saber a média salarial de um Product Owner no Brasil é útil, mas a verdadeira vantagem vem quando você entende por que alguns profissionais ganham mais do que outros, mesmo ocupando cargos com o mesmo nome.

Nesta seção, vamos explorar os principais fatores que impactam diretamente quanto um PO pode ganhar, especialmente em um cenário tão diverso quanto o do mercado brasileiro.

1. Nível de experiência e senioridade

A progressão de júnior para pleno e de pleno para sênior tende a ser mais rápida em produto do que em outras áreas. Isso porque as entregas e decisões de um PO geram visibilidade rápida, positiva ou negativa.

O mercado valoriza:

  • Volume e qualidade das decisões que você já enfrentou.
  • Capacidade de se adaptar a contextos complexos.
  • Maturidade para lidar com trade-offs e priorização.

Em outras palavras, não se trata apenas de tempo de carreira, mas da densidade de experiências.

2. Tipo de empresa e maturidade digital

O mesmo título (Product Owner) pode significar funções muito diferentes dependendo do tipo de empresa. E isso afeta diretamente o salário.

Compare dois cenários:

  • Empresa tradicional em transformação digital: O PO pode ter pouco espaço para decisões, mais burocracia e baixa maturidade em produto. Isso tende a se refletir em salários menores.
  • Startup de produto digital ou empresa tech-first: Aqui o PO é cobrado por resultados, trabalha com squads ágeis e tem mais autonomia. Salários são mais competitivos e acompanhados de bônus ou equity.

Em geral, empresas com cultura forte de produto valorizam mais o papel e remuneram melhor.

3. Localização e modelo de contratação

Trabalhar em São Paulo ou em modelo remoto para empresas com operação nacional (ou internacional) geralmente garante salários mais altos.

Além disso, há diferenças relevantes entre:

  • CLT tradicional, que inclui benefícios e estabilidade.
  • PJ (Pessoa Jurídica), comum em startups e consultorias, com salários líquidos maiores, mas sem garantias trabalhistas.

Muitos POs fazem essa transição conforme avançam na carreira.

4. Fluência em inglês (sim, ainda é um diferencial)

Embora o mercado brasileiro tenha amadurecido, a fluência em inglês ainda é um diferencial competitivo relevante, especialmente se você deseja:

  • Trabalhar com times globais.
  • Atuar em empresas estrangeiras ou remotas.
  • Consumir conteúdo técnico de ponta e se atualizar com mais agilidade.

Muitos profissionais travam o crescimento por não conseguir acompanhar discussões em inglês, mesmo sendo tecnicamente competentes.

5. Conhecimento técnico e multidisciplinaridade

O PO não precisa codar. Mas quem entende de tecnologia, lógica de dados e arquitetura de software toma decisões melhores e é mais respeitado por times técnicos.

Além disso, profissionais com repertório em áreas como UX, marketing digital, analytics ou negócios tendem a navegar com mais segurança entre diferentes stakeholders. E isso agrega valor, inclusive no contracheque.

6. Certificações, cursos e formação

Embora certificações como PSPO (Professional Scrum Product Owner) e cursos reconhecidos possam abrir portas, o mercado atual olha além do diploma. O que mais conta é sua capacidade de:

  • Aplicar o conhecimento em contextos reais.
  • Ter clareza de produto, não só de processo.
  • Mostrar pensamento estratégico e habilidade de execução.

Muitos alunos da Tera relatam que conseguiram reajustes ou novas oportunidades ao usar portfólios, estudos de caso e soft skills aprendidas em projetos práticos, mais do que por certificados.

Como Aumentar Seu Salário como PO: Estratégias Reais

Você já sabe qual é a média salarial de um Product Owner e o que influencia esse valor no mercado. Mas a pergunta que realmente importa para quem está construindo carreira é: o que eu posso fazer, na prática, para crescer e ganhar mais?

A seguir, reunimos estratégias que funcionam de verdade, com base em dados de mercado, vivências de alunos da Tera e o que temos visto em empresas que valorizam a área de produto digital.

1. Domine o que o mercado realmente valoriza

Empresas que levam produto a sério procuram profissionais que:

  • Entendem o negócio e sabem tomar decisões com base em dados.
  • Têm repertório técnico suficiente para dialogar com times de engenharia.
  • Sabem priorizar com foco em impacto (e não só em urgência).
  • Conseguem articular necessidades de usuários, da empresa e do time.

Essas competências não se desenvolvem só na prática. É preciso estudo direcionado, troca com profissionais da área, exposição a cases reais e, principalmente, uma base sólida sobre o que é produto digital de verdade.

2. Invista em formação de qualidade

Fazer um curso sério, voltado para o mercado e com conteúdo atualizado, pode acelerar sua trajetória de maneira concreta. Isso acontece por três motivos:

  • Você ganha vocabulário e segurança para se posicionar melhor em entrevistas e dentro do time.
  • Você aprende frameworks e ferramentas que são exigidos em processos seletivos e no dia a dia de empresas digitais.
  • Você amplia sua rede de contatos, o que, em produto, é um dos maiores ativos para crescer.

Muitos alunos da Tera relatam aumentos salariais significativos, promoções ou trocas de emprego em até 6 meses após o curso. Não só pelo certificado, mas pela mudança de mentalidade e repertório que adquiriram.

3. Mude de contexto, se necessário

Nem sempre é possível crescer onde você está. Em muitos casos, o salário não aumenta porque o contexto da empresa não permite (seja por limitação orçamentária, seja por falta de estrutura em produto).

Nesses casos, uma mudança estratégica de empresa pode ser o próximo passo. Mas atenção: não adianta mudar de lugar se você continuar com as mesmas ferramentas e lacunas de conhecimento.

A transição precisa vir acompanhada de um ganho real de maturidade. E é aí que a formação entra novamente como um pilar essencial.

4. Aprenda a se posicionar no mercado

Saber o que você entrega como PO, e comunicar isso com clareza, faz diferença na hora de negociar salário. Algumas dicas práticas:

  • Tenha um portfólio com histórias reais de produto, mesmo que sejam projetos pessoais.
  • Use seu LinkedIn para compartilhar aprendizados, desafios e insights.
  • Mostre que você entende de negócio, e não só de backlog.

Profissionais que conseguem mostrar sua capacidade de gerar impacto têm mais margem para negociar. E são mais facilmente lembrados para vagas melhores.

Pronto para dar o próximo passo?

Este é o momento ideal para reforçar sua formação, ampliar seu repertório e se posicionar como um Product Owner preparado para crescer. Confira uma das aulas do nosso curso gratuitamente!

Conclusão

Falar sobre salário é importante, especialmente em uma área onde os títulos confundem e os caminhos não são óbvios. Mas quem escolhe seguir a carreira de Product Owner não está apenas buscando uma boa remuneração. Está assumindo o compromisso de aprender constantemente, tomar decisões difíceis e criar valor real, todos os dias.

Se você está considerando esse caminho, saiba que ele exige preparo, repertório e um olhar estratégico sobre sua evolução. Mas também oferece espaço para crescer rápido, se desenvolver em múltiplas direções e se tornar uma peça-chave dentro de empresas digitais.

O salário é consequência. O valor que você gera é a base.