O que é framework em programação + 8 mais usados

Entender o que é framework permite que você compreenda as vantagens do reuso em software e saiba como otimizar o uso dessas ferramentas. Veja mais sobre o assunto.

Foto de olia danilevich no Pexels


No universo da programação, quase sempre nos deparamos com termos-chave que são comentados e discutidos com frequência. Um deles é o framework. De um lado, temos pessoas que defendem o uso geral deles por conta de suas grandes vantagens. Do outro, temos os que já alertam para o excesso de uso nos projetos.

O que importa saber é que é um conceito muito relevante e que todos consideram que o seu uso, em algum nível, é crucial.

Entender o que é framework prepara a pessoa para o próximo passo: conseguir usá-los em suas aplicações a fim de sentir seus efeitos. Então, você pode se preparar para assumir as vagas no mercado, já que a maioria delas requer hoje domínio de uma dessas ferramentas.

Antes de tudo, tenha calma. Aprofundaremos o assunto, entenderemos para que servem os frameworks e apresentaremos os mais usados. Acompanhe.

O que é framework e para que serve?

O significado de framework é um conjunto de códigos prontos que servem como estrutura para auxiliar no desenvolvimento. Esses códigos trazem funcionalidades já determinadas para agilizar o processo e evitar que as pessoas tenham que reescrever essas funções frequentemente.

São ferramentas que estabelecem um intermédio entre a pessoa programadora e o código de uma aplicação, como uma espécie de interface de comunicação. Assim, automatizam algumas questões, de modo a tornar o trabalho pesado mais abstrato e escondido para as pessoas da área.

Reuso

Para entender melhor essas soluções, precisamos abordar a importância do reuso em engenharia e desenvolvimento de software. Trata-se de uma ótima estratégia para que as pessoas profissionais da área não tenham de escrever novos scripts sempre que precisarem de uma função. Assim, as pessoas pegam as funções genéricas — as que podem ser usadas em mais de um programa — e encapsulam em um pacote pronto.

Esse pacote é usado, então, em todos os projetos em que for necessário implantar aquela funcionalidade. A ideia de reuso se tornou ainda mais relevante diante do contexto de fábricas de software — empresas que desenvolvem sistemas em escala e precisam de agilidade.

Vamos dar um exemplo. É como guardar uma parte do carro que é comum a todos os modelos, como os retrovisores, para utilizar em diversos carros, em vez de desenvolver um específico para cada um. A produção é muito mais rápida dessa forma.

No universo dos sites, temos o exemplo do formulário de login. Esses são sempre os mesmos e obedecem sempre ao mesmo padrão: login, senha e botão de confirmar. Mesmo que haja especificidades, esse é o esqueleto. Por que não manter esse esqueleto como um pacote que pode ser importado rapidamente em cada projeto?

Só que os frameworks são ainda mais complexos que isso. Esses exemplos ilustram um script de código que cuida de uma funcionalidade, o que é apenas uma parte de um framework. 

O conceito também contém uma estrutura, uma forma de configuração e até uma sintaxe específica a depender da ferramenta. É toda uma base estrutural pronta que ajuda as pessoas programadoras.

O conceito de framework é mais complexo do que o de biblioteca, por exemplo. Uma biblioteca pode ser definida puramente como um conjunto de funções específicas: a parte do login, a parte que auxilia no menu, a parte que gerencia o dashboard, entre outras. O framework, como falamos, compõe isso e traz muito mais.

Vantagens

Com eles, você tem menos erros e bugs inesperados, já que os códigos são testados. São soluções que já foram implementadas em outro contexto e que foram validadas publicamente por várias pessoas na comunidade. Assim, a segurança é maior também.

No geral, é possível obter uma padronização maior dos códigos, o que favorece a legibilidade e a manutenção. Um framework, geralmente, é uma estrutura muito bem documentada, com uma forma específica para ser implementada, o que requer organização e limpeza.

Além disso, é comum que a consistência do código do framework se estenda ao código novo da aplicação, já que a pessoa programadora vai ter que manter o mesmo padrão. 

Por conta da complexidade desse conceito, é comum que tenhamos várias versões e aplicações deles. Inclusive, isso explica o sucesso dessas ferramentas no desenvolvimento de software. Explica também por que as empresas requisitam tanto o domínio dessas opções de tecnologia.

Aplicações

Veremos, a seguir, algumas aplicações.

Front-end

Existem inúmeras opções para o front-end. Você encontra boas soluções prontas para auxiliar na criação do esqueleto do site, para auxiliar na estilização dele com CSS e para ajudar na organização da lógica com o JavaScript. Eles tornam a sua vida mais fácil e oferecem a capacidade de obter recursos modernos e interativos para otimizar suas páginas.

Back-end

Se temos no front, temos também no back-end. Várias ferramentas prontas cooperam com a validação de dados, controle de banco de dados e conexão com APIs. Essas soluções, geralmente, adaptam as linguagens de programação para o contexto do back-end, trazendo respostas para os desafios e problemas mais comuns desse tipo de universo. Sem eles, dá muito mais trabalho programar para o back-end, por isso é fundamental conhecê-los.

Desktop

Não se engane: temos frameworks também para sistemas desktop. Apresenta diversos componentes para compilar códigos, adaptar linguagens de outros universos (como o web) e até mesmo estruturar interfaces gráficas modernas e intuitivas para o PC. 

As possibilidades são inúmeras e permitem que devs consigam superar seus desafios e criar aplicações robustas.

Mobile

O desenvolvimento mobile é um dos mais quentes atualmente. Com frequência, vemos surgir novos frameworks poderosos para lidar com eles. Temos vários que ajudam a adaptar interfaces do desktop para os dispositivos móveis, de forma a tornar a responsividade um processo mais natural e menos complexo. Eles oferecem flexibilidade com relação a hardware e uma boa conexão com as características internas de celulares e tablets.

Quais são os frameworks mais usados?

Agora, vamos conhecer as ferramentas mais usadas e solicitadas no mercado. Vale lembrar que isso vai depender bastante de sua especialidade, como front-end, back-end ou mobile. Contudo, vamos expor aqui os mais usados segundo o gráfico do Statista

1. React

O primeiro a mencionar é o React, um padrão front-end para JavaScript. Trata-se de um framework do Facebook que foi criado para superar os desafios de uma single-page application (SPA). Uma SPA é uma página que contém elementos independentes, sendo que um deles pode ser recarregado enquanto os outros permanecem estáticos. 

O React tornou isso muito simples, mas foi além, modernizando a sintaxe do JavaScript e permitindo manipulação de DOM (hierarquia de tags HTML do site) virtual para interfaces mais rápidas. É um padrão muito simples de aprender, com uma comunidade grande e útil. 

2. Express

O Express é um framework JavaScript para o back-end, usado em complemento com o Node.js. É uma ótima opção para gerenciar questões do back, como rotas, requisições HTTP e APIs, de forma prática e rápida.

3. Angular

Um dos frameworks mais famosos do front-end, concorrente direto do React, o Angular é uma opção muito boa para quem procura um padrão muito usado e com uma comunidade enorme. É uma tecnologia que torna o desenvolvimento mais robusto e legível ao trazer inovações importantes, como Data Binding e maior suporte a testes.

4. Vue.JS

O Vue.js é um bom exemplo do que chamamos de framework progressivo: um que pode ser usado em pequenas partes do sistema e que não prende a pessoa programadora a uma única opção. Tem uma ótima documentação e uma enorme comunidade. Também traz alguns elementos que já comentamos, como data binding, DOM virtual e suporte a SPAs. 

5. ASP.NET core

Outra opção das mais usadas é o ASP.NET Core, padrão da Microsoft. É uma evolução do ASP.NET, open-source, focado em modernizar o desenvolvimento web.

6. Flask

O Flask é um framework para o Python que atua no back-end das aplicações web. É conhecido como um microframework, por conta de sua simplicidade e velocidade de funcionamento. Ademais, ele é incrivelmente versátil: importante para pequenos projetos e para aplicações mais robustas. 

É fundamental destacar que o Flask tenta aplicar a filosofia do Python: minimalismo e limpeza de código para gerar resultados mais interessantes. Por isso, é chamado de “pythonico” e tem um desempenho até mais impressionante do que o nosso próximo padrão: o Django. 

7. Django

O Django é uma conhecida alternativa para lidar com Python no back-end. Permite gerenciar microsserviços, manipular bancos de dados, autenticação do usuário, feed RSS, entre outros. Para os bancos de dados, em específico, o Django oferece suportes a diversos tipos relacionais, como PostgreSQL, MySQL e SQLite.

Outro ponto de destaque dessa tecnologia é o seu foco em segurança e proteção dos sites. Ele trabalha para auxiliar no combate a falsas requisições, injeção de SQL e outras investidas comuns em páginas web. Como um bom padrão para o back-end, possibilita a criação de aplicações robustas e seguras, que não vão oferecer dores de cabeça para pessoas administradoras, nem para pessoas usuárias.

8. Laravel

Não poderíamos deixar de mencionar o Laravel. Tão solicitado em anúncios de vagas de back-end, trata-se de um framework PHP para lidar com o lado do servidor com excelência. Permite acesso a diversos tipos de bancos relacionais, possibilita escalabilidade e apresenta uma ótima comunidade com diversos tópicos importantes, acessíveis em um clique.

Dominar o que é framework é algo essencial para qualquer pessoa que deseja trabalhar com programação. É imprescindível para conseguir sucesso na carreira e entrar naquela vaga tão desejada. Nesse sentido, torna-se fundamental entender como essas soluções são usadas, seus benefícios e saber quais são os mais utilizados agora. 

Agora que você já entende melhor os frameworks, saiba mais sobre a carreira Full Stack.

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