DESIGN DE EXPERIMENTOS: PLANEJAMENTO PARA O SUCESSO
Aprenda a planejar, executar e analisar experimentos eficazes.
O design de experimentos ajuda a minimizar riscos e maximizar os resultados no desenvolvimento de produtos digitais, permitindo que as decisões sejam tomadas com base em dados concretos.
Com uma abordagem estruturada, é possível tomar decisões que realmente atendam às necessidades dos usuários e aos objetivos do negócio.
Neste artigo, iremos passar por cada um desses passos aplicando o conhecimento ao contexto de desenvolvimento de produtos digitais.
O design de experimentos e a cultura de experimentação
O design de experimentos está diretamente relacionado a uma cultura de experimentação, que incentiva a curiosidade, a inovação e a tomada de decisões baseada em dados. Isso permite que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças no mercado e nas necessidades dos usuários.
Ao implementar uma cultura de experimentação, as empresas promovem um ambiente onde os erros são vistos como oportunidades de aprendizado, o que corrobora com o desenvolvimento ágil de produtos. A validação contínua de hipóteses permite ajustes rápidos e precisos.
Dessa forma, o design de experimentos é uma prática essencial dentro da cultura de experimentação, focada na possibilidade de testar, aprender e iterar constantemente.
A mentalidade da experimentação fornece a estrutura necessária para que esses testes sejam realizados de forma eficiente e sistemática, garantindo que cada experimento seja planejado com rigor e analisado com precisão. Essa abordagem iterativa e baseada em dados não só melhora a qualidade dos produtos, mas também aumenta a confiança das equipes em suas decisões.
Adotar uma cultura que favorece o design de experimentos traz benefícios significativos para o produto e o negócio, como mais agilidade no processo de inovação e mitigação de riscos de implementação, contribuindo para o sucesso a longo prazo da empresa.
Além disso, capacita as equipes a tomar decisões embasadas em dados, melhorando continuamente os produtos para atender melhor às expectativas e necessidades dos usuários e estratégias do negócio.
As etapas do design de experimentos
Realizar um experimento envolve quatro passos fundamentais: análise de dados, definição da hipótese, design do experimento e análise de resultados.
Como primeiro passo, faça a análise de dados do contexto do produto. Para isso, é importante entender em qual momento do ciclo de vida está a solução. Os dados quantitativos ajudam a identificar onde realizar o teste, enquanto dados qualitativos indicam o que deve ser testado.
Depois de analisar os dados, é necessário definir a hipótese que deve ser validada. A escrita da hipótese deve ser clara e simples, como o modelo:
se [variação - mudança proposta pelo teste], então [resultado esperado pela mudança], porque [racional dos dados - por que a mudança trará esse resultado].
No terceiro passo, com a hipótese definida, faça o design do experimento e a definição das métricas de acompanhamento. Escolha o tipo de teste que mais se adequa ao contexto e a hipótese, defina quais eventos serão monitorados, qual o comportamento esperado desses eventos e quais as métricas serão acompanhadas.
Uma prática comum é usar métricas de sucesso para validar a hipótese, métricas de acompanhamento para monitorar a saúde geral do teste e métricas de contenção para estabelecer critérios de parada e proteger o negócio contra resultados negativos.
Por fim, no último passo, faça a análise de resultados. Enquanto nos passos anteriores o objetivo da pessoa PM é fazer gestão de expectativas, agora é momento de tomada de decisão. Existem cinco cenários possíveis no resultado de um teste:
-
variação ganha e o resultado é bom para o negócio
-
variação ganha e o resultado não é bom para o negócio
-
variação perde
-
resultado empata
-
resultado é muito danoso, porém não significante estatisticamente.
Planejar, executar e analisar experimentos de forma estruturada não só minimiza riscos, mas também otimiza os recursos e esforços da equipe, focando nas hipóteses mais promissoras e coerentes para o produto e o negócio.
Por meio de uma cultura de experimentação bem estabelecida, as empresas conseguem iterar rapidamente, aprender com os resultados e ajustar suas estratégias conforme necessário.
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