UI/UX designers têm papel fundamental em times de produto, sobretudo se podem ser versáteis. Entenda mais sobre os conhecimentos dessa carreira.
Começar na carreira de User Experience é uma imersão em novos termos, disposição de times de trabalho e também em funções. Entre as muitas dúvidas que vão surgindo pelo caminho, a mais recorrente é se UI e UX são a mesma coisa.
Na prática, não. UI e UX são campos distintos de conhecimento, mas essas duas áreas vão se cruzar na maior parte do tempo. Em alguns casos, designers precisam se dividir entre os dois conhecimentos, atuando de maneira ampla em projetos.
Logo, dá para perceber que entender mais a fundo UX e UI e como essas duas áreas se encontram é fundamental. Vamos detalhar melhor o assunto ao longo deste conteúdo. Confira!
UI e UX são termos que estão sempre ligados. Se você fica de olho nas vagas do mercado, certamente já percebeu que são denominações para posições diferentes dentro de equipes de trabalho. Esses campos tratam de conhecimentos distintos, mas que se cruzam de maneira natural ao projetar experiências às pessoas usuárias.
Seja em sites, seja em aplicativos, as interfaces estão ali presentes. Além do que podemos ver, há também a experiência, que é o conjunto de interações e a percepção que fica depois de clicarmos em botões e avançarmos por páginas, por exemplo.
Basicamente, UX e UI tratam dessas questões. Mas é importante entender quais são as características mais importantes de cada campo. Só assim você conseguirá entender de que forma esses conhecimentos se aproximam e quando é importante dominá-los em conjunto.
UI Design é o design de interface, ou seja, a criação da tela em que pessoas usuárias vão visualizar elementos e interagir com o que houver à vista. Portanto, quem atua como UI designer é quem projeta essas telas do ponto de vista estético e também funcional, visando proporcionar a usabilidade perfeita à pessoa usuária.
O trabalho de design de interfaces é baseado em uma questão principal teórica: criar telas que, além de ilustrar os elementos necessários, também sejam intuitivas. Assim, pessoas usuárias vão ser guiadas por meio das funcionalidades, e das próximas telas, sem maiores dificuldades e fricções.
Portanto, quando uma pessoa de design de interfaces atua, ela precisa pensar na jornada de quem é usuário daquele site, software ou aplicativo. Assim, é possível criar telas que facilitem a tomada de ações, já que todos os elementos visuais estão dispostos de maneira fluída e projetada para construir uma jornada de interações.
O UX Design é o campo profissional em que pessoas desenvolvem a experiência de interações com determinada solução. O comprometimento máximo do UX designer é estudar a experiência de pessoas usuárias e entender suas motivações e, a partir disso, trabalhar para otimizar ao máximo esse momento de uso de uma solução.
Quem é designer de experiências de usuários foca seu trabalho em facilitar as coisas, sempre com algumas bases importantes. Entre os principais fatores estão a facilitação da experiência e a redução do esforço cognitivo para completar tarefas em ambientes que funcionem perfeitamente.
A parte visual do trabalho é importante e, como designers de formação, essas pessoas também precisam olhar para o campo visual do trabalho. No entanto, o diferencial aqui é garantir que essa parte estética seja a mais otimizada possível, uma vez que o foco nas experiências é que sejam dinâmicas, objetivas, curtas e satisfatórias.
Não há uma regra que determina quem pode trabalhar em UI/UX. Da mesma forma, essas duas posições não são análogas, rivais ou competem entre si. Na maioria dos times ágeis, UI e UX trabalham em conjunto para entregar telas visualmente agradáveis, tecnicamente corretas e que proporcionem a melhor experiência possível.
Quanto mais conhecemos UI e UX, melhor entendemos que essas áreas são muito mais próximas do que imaginamos, ainda que tratem de entregas diferentes. Com o tempo, percebemos algo simples, mas decisivo: profissionais versáteis são capazes de trabalhar com as duas perspectivas.
Se designers de interfaces (UI) entenderem a experiência que se deseja oferecer para pessoas que estão usando aquele serviço, a tendência é que se crie telas mais funcionais e objetivas, ou seja, otimizadas.
Da mesma forma, designers de experiência (UX) conseguem se comunicar melhor com quem faz as interfaces para solicitar telas que reduzam as etapas jornada de interações e a torne mais agradável a quem usa.
Portanto, designers que têm habilidades e conhecimentos em UI e UX têm maior capacidade de serem pessoas decisivas dentro de equipes de trabalho. Para alcançar esse patamar é necessário ter algumas características e qualificações específicas. Mostramos quais são.
Ter uma visão de interface apenas não basta. De nada adianta criar várias telas bonitas e intuitivas se o que a pessoa usuária mais deseja é resolver tudo em uma tela. Também não adianta pensar na experiência perfeita se o layout não entrega uma ideia sólida e clara de como interagir dentro daquele ambiente.
Designers com capacidades suficientes para atuar em UI e UX precisam enxergar o produto como um todo. Isso vai garantir o entendimento sobre o que a pessoa usuária deseja em cada etapa, como ela chega nessas etapas da experiência e o que ela deseja exatamente encontrar naquele momento.
O design de produto não pode considerar apenas a entrega de uma solução. É importante considerar como isso será feito, o que a pessoa usuária espera e como ela deseja encontrar mensagens, solicitações de interação, CTAs, entre outros elementos.
Diferente do que muitas pessoas podem pensar, não é preciso apenas ter uma graduação em design para se tornar profissional na área.
Em setores relacionados à produto, UX e tecnologia, há uma aceitação muito maior por formações paralelas que tenham relação com o escopo de trabalho, e em muitos casos, até mesmo cursos de menor duração e bootcamps.
Se você quer ser uma pessoa designer capaz de ter a perspectiva de UI e UX ao mesmo tempo, certamente seu campo de conhecimento precisa ser ampliado. Ou seja, quanto mais qualificações e habilidades você tiver, melhor.
O grande diferencial, na verdade, são as soft skills, ou seja, habilidades pessoais e comportamentais que vão ajudar a entender melhor pessoas usuárias e suas necessidades, além de ser ótima base para o trabalho em equipe. Entre as soft skills que são indispensáveis estão:
boa comunicação;
capacidade de trabalhar em equipe;
empatia;
inclinação ao aprendizado.
Do ponto de vista técnico, algumas qualificações também são importantes e nem sempre elas vão depender de universidades ou cursos caros. Dê atenção para estas:
conhecimentos teóricos em design (hierarquia de elementos visuais, psicologia das cores, usabilidade e heurísticas, entre outros);
conhecimentos em UX (há cursos de curta duração que oferecem aprofundamento técnico relevante);
conhecimento de metodologias ágeis;
conhecimentos em UX research.
Essas áreas são muito mais amplas do que se pode imaginar, justamente porque estamos falando de posições com foco no usuário. Ou seja, absolutamente qualquer campo que traga percepções sobre comportamentos podem trazer bagagem de destaque para que profissionais se tornem UI e UX designers.
Além do Design, de onde o mercado de UI/UX costuma receber pessoas em transição de carreira, quem vem do marketing também tem um bom campo de conhecimento sobre mercado, público e comportamento de usuários. Considerando a atuação desse setor na área digital, o que mais essas pessoas fazem é analisar dados de consumo e de interações com páginas, aplicações e dispositivos variados.
Pessoas do campo de comunicação, como jornalismo e publicidade também podem ser bem-sucedidas em carreiras com foco em usuários. O principal conhecimento que traz boa bagagem para essas pessoas é a capacidade de se comunicar de maneira eficaz, algo que pode ser usado tanto na vivência de times ágeis quanto na projeção de interações e uma experiência satisfatória às pessoas usuárias.
Desde que as áreas de conhecimento dessas pessoas profissionais tenham ajudado a desenvolver e aplicar habilidades e qualidades como as já citadas neste conteúdo, há um ótimo ponto de partida para atuar como UI/UX designer.
Sim, o mercado ainda procura essas pessoas e a tendência é que isso continue por muito tempo. É sempre bom tangibilizar o quanto essa procura acontece e uma recomendação que deixamos é o site VagasUX, uma iniciativa independente que funciona como um portal que compila dicas de vagas abertas nesse setor.
Em uma rápida olhada no site você consegue conferir uma grande quantidade de oportunidades abertas para profissionais de UX/UI, o que mostra que tudo segue funcionando bem. Ainda assim, é importante entender alguns movimentos de mudanças que o segmento mostra, o que pode impactar a busca por profissionais.
A tendência é que a maturidade desse mercado mostre que é necessário ter profissionais com capacidades e atuações cada vez mais especializadas. Assim, além do não acúmulo de funções que pode prejudicar a produtividade, times de UX ainda ganham o reforço de especialistas que podem se dedicar integralmente aos seus papéis.
Entre essas novas ocupações dentro de times de UX, vale a pena destacar alguns cargos que já são vistos aos montes no mercado. Para esses, já há um ótimo número de vagas abertas esperando pessoas qualificadas para preenchê-las!
O trabalho de UX Research é um dos mais importantes dentro de UX atualmente, uma vez que pode municiar de informações uma série de profissionais. Basicamente, quem ocupa esse cargo fica encarregado de realizar pesquisas com usuários na tentativa de coletar percepções e opiniões sobre a experiência e funcionalidades de produtos.
Em algumas equipes em que ainda não há ninguém de research, as pesquisas precisam ser feitas por membros variados do time de produto ou UX. Por mais que não seja algo incomum, essa é uma demanda de grande importância e que demanda muito tempo. É por isso que a área de UX Research cresceu e se tornou fundamental, abrindo posições exclusivas.
O papel de UX Writer, ou designer de conteúdo, é dedicado a pessoas que ficam encarregadas de desenvolver microinterações, ou seja, os trechos de textos dentro da experiência de uso de sites, apps, fluxos de e-mail e uma série de outros pontos de contato. Essas pessoas desenvolvem esses conteúdos pensando sempre em como as pessoas usuárias chegaram naquela etapa e o que esperam.
UX Writers trabalham como duplas de UX Designers, sempre sendo uma pessoa importante para dar vida às interfaces mais objetivas e informativas possíveis. No entanto, o trabalho de UXW não é preencher espaços com informações, mas sim, garantir que a mensagem certa seja mostrada em uma tela.
Product Designers são as pessoas que convergem com maior precisão as atuações de UI e UX em uma posição só. Quem ocupa esse cargo precisa pensar em experiência e interface no mesmo escopo de trabalho, algo que é perfeitamente possível, tanto que este é um cargo crescente e que se tornou o desejo de muitas pessoas do setor.
Quem está nessa posição precisa trabalhar também em descobertas dentro de produtos, como o estudo de funcionalidades e o entendimento de features que podem ser aplicadas. De um modo geral, Product Designers precisam pensar no produto de ponta a ponta, o que exige conhecimentos mais amplos.
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Seja atuando como UI/UX ou com atenção total para uma dessas áreas, é inegável que o foco no usuário é a realidade dos times de desenvolvimento de produto. Nunca houve tanta preocupação com o usuário e com a maneira como essas pessoas vão vivenciar experiências de contato com produtos e empresas. Por isso, ser versátil como profissional é cada vez mais importante para o mercado atual.
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