O pensamento analítico possibilita saber como usar dados para responder às perguntas do negócio. Saiba mais.
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Utilizar dados para tomada de decisões estratégicas não é novidade para pessoas atentas às demandas de um mercado cada vez mais exigente. Por conta disso, é cada vez mais urgente que profissionais consigam desenvolver um pensamento analítico para se destacar como influenciadores no contexto do negócio.
Enxergar diferentes escopos de trabalho por meio do pensamento analítico é algo praticamente essencial nos dias de hoje. Então, não importa se você é de produto, marketing, design ou desenvolvimento, a visão analítica é simplesmente indispensável.
O pensamento analítico e a habilidade de lidar dados são essenciais para transformá-los em informações sólidas e percepções valiosas.
Por isso, vamos aprofundar o assunto neste conteúdo e mostrar o impacto que uma pessoa capacitada em dados pode gerar em diversas posições e setores de empresas. Tudo isso com dicas exclusivas dos experts Caroline Oliveira e Jonas Fernandes.
O pensamento mais comum e superficial quando falamos em análise de dados nos leva a concluir que se trata de utilizar ferramentas de analytics, tão recorrentes em rotinas de trabalho. A resposta para a pergunta apresentada neste tópico é: não necessariamente. Na verdade, análise de dados se trata muito mais de mentalidade ajustada do que de softwares, propriamente.
A análise de dados depende, é claro, das ferramentas. São esses recursos que ajudarão a organizar big data, criar fluxo de informações, estruturar a alimentação de KPIs, entre outras questões. No entanto, o valor que softwares têm diante de profissionais sem o pensamento analítico reduzem consideravelmente.
Portanto, você pode até saber utilizar essas ferramentas, mas isso não significa que você é uma pessoa capacitada a aplicar uma abordagem analítica no cotidiano de trabalho. Na verdade, o que faz toda a diferença é ter a capacidade de investigar, perceber possíveis padrões, entendê-los e, por fim, usar as capacidades analíticas para fazer projeções.
Ferramentas só podem fazer algo realmente relevante para estratégias variadas se há o pensamento analítico. Afinal, dados sempre estarão à disposição da empresa, já que a captação desse material é automática. A grande questão é que, a partir disso, é importante que haja profissionais capazes de olhar para esse conteúdo da maneira certa.
Pessoas com capacidade analítica serão capazes de olhar para esses dados com a visão correta e, a partir do que acessam, analisar as possibilidades, fazer as perguntas certas e entender as causas. Portanto, tudo gira em torno de saber o que se busca nesses dados, e é justamente aí que se destaca quem tem a mentalidade certa.
Dados só serão realmente úteis quando alguém chega até esse material já sabendo o que deseja descobrir. A partir disso, a análise e a investigação vão funcionar para conseguir as respostas que o setor ou o projeto precisam.
É bastante comum e recorrente ver posições do mercado com descrições de vagas que dão ênfase às ferramentas utilizadas na rotina de análise de dados. Contudo, ainda que saber operar esses softwares seja indispensável, esse não é o centro do trabalho. Logo, não pode ser um fator inibidor para quem deseja se desenvolver como um profissional orientado a data analytics.
Quem reforça essa ideia é Jonas Fernandes, Data Analytics Manager e Expert na Tera. Segundo ele, depois de trabalhar a evolução no uso das ferramentas, as habilidades comportamentais e emocionais devem ser o próximo passo para quem quer ser um profissional de pensamento analítico.
"Focar nas chamadas 'soft skills' é o que vai te destacar nos processos seletivos. [...] Entender sobre negócios, saber contar histórias e (ter) habilidade para resolução de problemas são os grandes desafios da pessoa Analista de Dados, uma vez que a barreira inicial das ferramentas já foi superada."
Por mais que a questão das ferramentas seja algo que preocupe profissionais que estão em busca de se alfabetizarem em dados, a verdade é que a prática é a melhor escola. Claro, ter uma base de aprendizado vai ser essencial, mas outros detalhes em relação a recursos de ferramentas são absorvidos sem muitos problemas com o dia a dia.
"Entenda até qual ponto você realmente precisa evoluir em ferramentas. O seu foco deve ser evoluir o suficiente para superar os desafios dos processos seletivos, daí em diante o seu aprendizado vai se dar na prática por meio de desafios inesperados, alta frequência de uso e trocas com seus pares."
A análise de dados não é um trabalho mecânico. Portanto, é um erro achar que basta ter o volume de informação adequado e as ferramentas certas para encontrar os melhores insights e ter as percepções precisas para responder aos questionamentos que embasam decisões.
Pensamento analítico é analisar as situações, sejam elas problemas, sejam necessidades de otimização, e entender o que precisa ser questionado. Então, a partir dessa brecha, pessoas com a abordagem analítica chegarão a uma base de dados já sabendo o que desejam saber e, então, vão investigar todas as possibilidades em vista
Uma das experts dos cursos da Tera, e especialista em gestão de marcas, Caroline Oliveira, traz uma perspectiva interessante que reforça essa ideia de que análise de dados é uma questão de mentalidade. Ela fala sobre a necessidade da postura investigativa e, a partir disso, como a habilidade com dados permitirá alcançar as soluções certas, graças ao que os números mostram:
"Nós, seres humanos, somos biologicamente seres que pensam em soluções. Quase que por uma questão de sobrevivência, nosso cérebro foi treinado para pensar na solução. E quando a gente está falando do desenvolvimento de habilidade analítica, a gente precisa ter mais um mindset de entender o motivo da situação para depois conseguir resolver, por isso é um mindset muito investigativo."
A partir disso, fica mais claro entender que o fluxo não se constrói a partir da base de dados. Na verdade, esse volume de informações só pode ser acessado de maneira produtiva quando profissionais de mentalidade analítica já entenderam o que precisam investigar nesses dados e, principalmente, para quais perguntas querem obter respostas. A expert ainda acrescenta que:
"Um dado pode te contar qualquer coisa e, sem contexto, ele pode ser muita coisa, mas pode não ser nada. Antes de abrir uma base de dados, a gente precisa aprender a fazer perguntas."
Profissionais do mercado de hoje já ouviram falar de dados e perceberam a importância deles em algum momento, isso, é claro, se você atua diretamente no digital. Ou seja, é algo muito comum a inúmeros setores e posições dentro de empresas modernas.
É muito comum vermos, periodicamente, pesquisas e levantamentos que trazem suas percepções sobre empregos do futuro, conhecimentos que se fazem necessários e como a tecnologia atual reflete as exigências de mercado. Hoje, sem dúvida alguma, o pensamento analítico e a abordagem de investigação em dados são indispensáveis.
A transição para uma gestão data driven exige bastante das empresas, o que significa investimentos, tempo, treinamento e adequação. Dito isso, é inegável que há um movimento concreto que já transformou um grande número de empresas em estruturas nas quais as decisões são orientadas por dados. Isso inclui companhias de variados setores.
Logo, ser uma pessoa de pensamento analítico vai garantir que você não se torne alguém considerado excelente profissional, mas, do passado. Afinal, é bem provável que a abordagem analítica se torne algo prioritário para as mais diferentes vagas em variados setores dentro de poucos anos.
A outra questão fundamental que suporta a necessidade de se tornar uma pessoa com pensamento analítico é a forma como dados têm sido usados nos mais diferentes setores. Então, não importa se você está dentro da estrutura de produto, se é uma pessoa analista de marketing, se é alguém do financeiro ou se é da área operacional: os dados vão estar ali em algum momento.
É importante analisar também cenários em que profissionais de visão analítica se destacam diante daqueles que apenas sabem entender dados de resultados, ou seja, lidam de maneira superficial com KPIs e métricas referentes ao seu trabalho.
Independentemente da sua posição profissional e do setor que ocupa, o pensamento analítico vai render destaque diante de quem ainda não tem esse perfil. Mas não acredite que isso vai durar muito tempo. É que, em breve, o que antes era um "plus" se tornará apenas um requisito básico e essencial.
Pensamento analítico não é a skill do futuro. Na verdade, estamos falando de uma habilidade essencial para o presente. Logo, quem tem esse perfil pode ocupar posições estratégicas em qualquer contexto empresarial, independentemente do setor de atuação.
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