De tranformação digital à data literacy, de bootcamp à lifelong learning: descubra alguns conceitos que fazem parte da economia digital.
Não foram apenas novas profissões que começaram a surgir nos últimos anos. Você já deve ter notado que o mercado também passou a usar uma série de novos conceitos. São termos que explicam transformações, delimitam processos e caracterizam o que chamamos de futuro do trabalho.
Tantas ideias emergentes apenas reforçam um fato sobre o momento que vivemos: é preciso ter disposição para aprender continuamente. Profissionais têm o desafio de desenvolverem uma compreensão sobre cada um dos novos conceitos, entendendo o impacto prático deles em sua atuação.
Para ajudar você a desvendar os significados de alguns termos que estão cada vez mais presentes no dia a dia do mercado de trabalho, criamos esta lista com 15 conceitos que você precisa saber para viver o futuro do trabalho. Continue a leitura e confira.
O termo futuro do trabalho não para de aparecer em palestras, artigos e relatórios sobre quais empregos estão em ascensão e quais estão em decadência. Por isso, não poderíamos começar esta lista falando de outra coisa.
A ideia de futuro do trabalho envolve a grande transformação, vivida em todos os setores do mercado, que está sendo conduzida pelo rápido desenvolvimento tecnológico. Automação de processos, uso de inteligência artificial e robótica são algumas das principais características desse momento, segundo a McKinsey.
Por mais que o termo “futuro” pareça se referir a algo ainda distante, não se engane: nós já estamos vivendo o futuro do trabalho e, nos próximos anos, veremos ainda mais mudanças nas configurações dos empregos, nas funções que são relevantes e nas habilidades que são requeridas a profissionais.
O desenvolvimento das tecnologias digitais mudou a maneira como a sociedade se relaciona com produtos e serviços. A economia digital é fruto dessa mudança, unindo pessoas, negócios, ferramentas, dados e processos em um mesmo ambiente.
A economia digital é uma consequência da transformação digital e tem como uma característica central a rápida evolução, afinal, ela acompanha a evolução constante das tecnologias. Por isso, negócios e profissionais precisam ser ágeis e inovadores.
Trata-se de um novo e aquecido mercado, em que novas empresas surgem e negócios tradicionais precisam se atualizar para serem competitivos. Carreiras nas áreas de Gestão de Produtos Digitais, Marketing Digital, Análise de Dados, Desenvolvimento de Software e Customer Service são apenas alguns exemplos de como a economia digital traz inúmeras possibilidades de atuação.
A ideia de que “nada do que foi será de novo, do jeito que já foi um dia” é presente quando falamos de transformação digital. Esse conceito se refere a muito mais do que adoção de tecnologias para digitalização de processos nas empresas.
Em sua essência, a transformação digital tem a ver com mudança de mentalidade e de postura em relação ao uso de tecnologias. No passado, era comum que profissionais e empresas vissem ferramentas digitais como ameaça, gasto desnecessário ou até mesmo um trabalho extra de treinamento e adaptação.
Nem precisamos falar que hoje ela é obrigatória no contexto corporativo e está definindo quais negócios têm sucesso e quais se tornam obsoletos no mercado. Abraçar essa transformação o quanto antes é a única forma de fazer parte do futuro do trabalho.
Dados passaram a ser considerados como o recurso mais valioso da sociedade moderna, e são eles que dão forma ao conceito de big data. A definição da Gartner para big data é a seguinte:
“big data faz referência ao grande volume, variedade e velocidade de dados que demandam formas inovadoras e rentáveis de processamento da informação, para melhor percepção e tomada de decisão.”
Big data está impactando a forma como os negócios surgem e como crescem, já que eles passaram a investir no processamento e análise de dados para orientar decisões. Dados também norteiam a atuação de algumas das principais carreiras do futuro do trabalho, como Ciência, Análise e Engenharia de Dados.
Com a ascensão dos dados vieram novos termos relacionados a eles. Data literacy é a capacidade de ler, trabalhar, analisar e se comunicar com dados. Em outras palavras, é saber “falar a língua” de dados e, por conta dessa associação, também usamos os termos alfabetização em dados e fluência em dados.
Data literacy é uma habilidade cada vez mais requisitada, considerando um mercado em que empresas usam dados diariamente para tomar decisões. Com isso, profissionais passam pelo mesmo processo de aprender um novo idioma: são alfabetizados e depois se tornam fluentes, ou seja, confiantes para extrair insights e liderar iniciativas baseadas em dados.
Empresas com profissionais letrados em dados tendem a se tornar data driven, ou seja, dirigidas por dados na tomada de decisões. Mais do que ter tecnologias de coleta e análise de big data, o modelo data driven está ligado à implementação de uma cultura analítica que se estende a todos os setores da empresa. Com essa mentalidade, profissionais de todas as áreas passam a coletar dados, extrair padrões e gerar insights relevantes para o negócio.
Algumas vantagens de ser uma empresa data driven no futuro do trabalho são:
tomada de decisões com maior confiança;
maior direcionamento em tempos de crise;
bases sólidas para inovar;
entrega de melhores experiências para o público.
Uma das características do futuro do trabalho é que ele exige uma atualização constante por parte de profissionais. Um dos conceitos que nos ajuda a entender isso é o de upskilling, que significa o processo de aperfeiçoar habilidades, adquirindo conhecimentos que vão somar à sua atuação profissional.
Você pode tomar a dianteira e investir em upskilling ao se colocar em uma postura de aprendizagem constante, apostando em cursos de atualização e desenvolvimento de competências. Com isso, você evita ficar para trás à medida que as funções ganham novas responsabilidades.
Com lógica similar ao processo de upskilling, o reskilling é voltado para pessoas que precisam adquirir habilidades completamente novas para se inserir em uma carreira. É o que acontece com profissionais em transição de carreira.
O reskilling é cada vez mais comum porque vivemos em um contexto de profissões em franca decadência, enquanto novas oportunidades surgem e exigem qualificações específicas. É preciso disposição para entender que mudar de carreira faz parte do futuro do trabalho e que, nessa mudança, excelentes oportunidades podem surgir.
Aprender a aprender é uma das competências mais importantes que você pode desenvolver para o futuro do trabalho. Por isso, o conceito de lifelong learning precisa se tornar uma realidade em sua jornada profissional. Podemos traduzi-lo como aprendizado ao longo da vida.
O aprendizado contínuo é o único caminho para conseguir atuar de forma relevante em um mercado que está em constante mudança. Daqui a dois anos, você provavelmente não vai conseguir trabalhar apenas com as habilidades que tem agora. Por isso, encontrar meios para adquirir novos saberes e ampliar os horizontes de conhecimento é essencial.
User experience é mais um conceito na pauta do mercado de trabalho. Isso porque a experiência de pessoas usuárias se tornou o centro dos negócios da economia digital. O termo, popularizado pelo cientista e escritor Don Norman, nos leva a pensar nas sensações vivenciadas pela pessoa que usa um produto ou serviço.
O objetivo final do user experience é aperfeiçoar a experiência do usuário, até que ela seja a mais satisfatória possível. Com esse foco, empresas têm decolado seu processo de pensar produtos inovadores, de atender pessoas, de criar relacionamentos com o público e até de lidar com quem trabalha dentro da organização.
Quem quer alavancar a carreira ou fazer uma transição precisa conhecer o conceito de bootcamp: um formato de curso intensivo, focado em uma formação rápida e completa para preparar profissionais para os cargos mais disputados do futuro do trabalho.
Os cursos bootcamps têm se mostrado a alternativa mais viável aos cursos de longa duração como MBAs e pós-graduações. Em vez de um ou dois anos de preparação, estudantes conseguem se formar em algumas semanas, por meio de uma imersão total em conteúdos e práticas.
O conceito de hard skills se refere às habilidades técnicas que profissionais precisam ter ou desenvolver para atuar em uma área. Diferente das soft skills, as hard skills são mais tangíveis, podendo ser testadas de forma prática e aprendidas por meio de cursos, leituras e treinamentos. Alguns exemplos de habilidades técnicas são:
curso de uma área específica;
conhecimento de um idioma;
domínio de uma ferramenta de análise;
conhecimento de alguma linguagem de programação.
As soft skills, também chamadas de competências socioemocionais, têm ligação com a personalidade e o comportamento de cada pessoa. No entanto, elas também podem ser aprendidas e desenvolvidas. Nos últimos anos, o mercado vem aumentando a cobrança em relação a essas competências, justamente pelo impacto que elas têm nas relações interpessoais e no desempenho de profissionais. Algumas soft skills importantes são:
inteligência emocional;
comunicação eficaz;
pensamento analítico;
criatividade e inovação;
solução de problemas complexos.
O mindset ágil é um conceito derivado da metodologia Agile que, por sua vez, é uma forma de trabalhar e fazer entregas consistentes considerando cenários de constante transformação. Essa mentalidade está totalmente alinhada com as necessidades das empresas da economia digital e, por isso mesmo, tem sido cada vez mais aderida nos times.
O método ágil propõe a adaptação como algo natural no processo de construção de um projeto. Em vez de parar totalmente uma iniciativa, ele sugere que melhorias sejam implementadas conforme as necessidades surgirem.
O termo mundo VUCA tem tudo a ver com o futuro do trabalho, por se tratar de um acrônimo com algumas características do mundo moderno: volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade. Esse conceito é tão relevante por trazer a reflexão sobre o que é necessário para que empresas sobrevivam e profissionais se destaquem mesmo em meio a esse cenário.
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Caminhar no futuro do trabalho exige absorver e reciclar conhecimentos a todo momento. O objetivo deste artigo é justamente este: oferecer a você uma espécie de glossário em que os principais conceitos para atuar em alta performance sejam explicados.
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